Antes nós tínhamos uma linda menina chamada Mel. Que nos presenteou com seus 15 anos de muito, mas muito amor, e que lutou e ficou ao nosso lado até o último minuto.
Quando ela se foi, ficamos desolados e literalmente destruídos, de tanta saudade e tamanho amor q tínhamos por ela.
Enfim, uma verdadeira pena que o tempo deles é tão menor do que o nosso. Mas certo, que é pelo fato deles serem tão mais evoluídos que nós. Logo eles com maestria cumprem a missão nesse plano terreno muito mais rápido que nós. Nós só temos q aprender com esses animais.
Bom, depois de alguns meses, fomos lá na feirinha do Indefesos na Praça do Ó, no mesmo dia que jogamos as cinzas da Mel no mar. Nos deparamos com aqueles “ser humaninhos” mais do que especiais e amorosos, que de alguma forma abrandaram o aperto dos nossos corações. Não que um vá substituir ou outro, porque isso nunca ocorrerá, pois cada um deles é único e especial do seu jeito.
Para quem ainda não iria adotar ninguém no momento, resolvi pegar adotar não só uma estrelinha em meio aquela constelação de amor, mas sim duas estrelinhas. Eram irmãzinhas da mesma ninhada de 7, que haviam sido abandonadas no abrigo, como separá-las?
Posso dizer que foi a melhor coisa que eu já fiz na minha vida. Sim, eu sei. É responsabilidade em dobro, preocupação em dobro, despesas em dobro, traquinagens, sujeira, bagunça, ração, vacinas e tudo mais em dobro, mas ao mesmo tempo é um amor INCONDICIONAL, muito maior e que não se limita à uma simples preocupação de tudo ser “em dobro”. Elas nos fazem tão bem, e nos ajudam e nos ensinam a sermos pessoas muito melhores e por isso eu sou grata.
E ai você me pergunta. Porque as duas e não só uma?
Quando peguei a Mel, ela ao longo de sua vida teve muitos problemas, a maioria deles genéticos da raça e da ninhada, como por exemploe: ouvido, coração, vista e rins.
Nos seus últimos anos, ela estava cega, surda, coração aumentado e insuficiência renal, mas ainda assim, a todo tempo carinhosa, deitava-se agarrada comigo. Quando peguei ela, tinha junto a irmãzinha dela. E sempre nos perguntávamos e como estaria a irmãzinha dela, pois certamente deve ter tido os mesmos problemas e infelizmente, sabemos que por muito pouco as pessoas abandonam e se desfazem desses pequenos seres mágicos e amorosos quando começam a dar problemas e despesas. Então, eu ficava com esse peso na consciência e preocupação com o que teria sido da irmãzinha da Mel.
Por isso que tive essa feliz e amorosa loucura de pegar as duas irmãzinhas e sou grato a Deus todos os dias por ter feito essa escolha, ou melhor, por elas terem me escolhido naquele dia e me darem tanto amor.
Não compre, adote!
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